segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mensagem do Comandante

Finalmente, já passei por todas as etapas para começar a trabalhar no navio. Treinamentos, exames, entrevistas. Ansiedade. Agora só falta fazer as malas. Neste vídeo, Natália Campos, Junior Fachin e Danilo Seixas, futuros tripulantes, falam de suas motivações para ir trabalhar em um cruzeiro.

domingo, 19 de junho de 2011

Os bastidores da Guerra do Vietña - Behind the scenes of Vietnam War

Eu hoje conheci o senhor Suck-Hyeun Kim, de 70 anos, que me disse ter lutado na Guerra do Vietña (1959 e 1975). O senhor Kim é sul-coreano e vive no Brasil há 30 anos. Ele entrou para a Marinha da Coreia do Sul em 1960, um ano após ter se formado em Engenharia Agrônoma, e entre 1967 e 1968 ele participou de um dos combates mais sangrentos dos século XX. Até hoje tem "alguns" traumas. 
Suck-Hyeun Kim. Foto: Katiane Rodrigues

segunda-feira, 13 de junho de 2011

É de amor que se fala - Love, love, love

Namoro no Parque Raul Seixas - Itaquera (SP)
Foto: Katiane Rodrigues

Pequena Epopeia

Meu passaporte chegou do Consulado Americano.Ufa! Conseguir o visto de tripulante não foi uma tarefa fácil para mim.


Foto: Katiane Rodrigues
No dia três de junho, me programei para ir ao Rio de Janeiro às 7h50, em um voo da Avianca.  Meu horário no consulado era às 14h. Recomenda-se chegar com uma hora de antecendência. Cheguei ao Aeroporto de Guarulhos às 7h. O tempo estava fechado. O aeroporto também. Todos os voos programados para aquela manhã cinzenta estavam atrasados.  Não havia muito o que fazer. Me sentei no chão - também não havia cadeiras disponíveis - para ler Crime e Castigo, escrito por Dostoiévski. Bem, não consegui me concentrar no livro, porque o rapaz que estava sentado na cadeira ao meu lado estava ansioso batendo o pé no chão. Toc toc toc. E aí eu percebi que estavam todos ansiosos e resolvi gravar O Diálogo dos PésComo é difícil esperar, especialmente quando se tem horário marcado em um consulado. Depois de uns quarenta minutos de espera, uma voz anunciou que o meu voo havia sido cancelado “por motivo de manutenção não programada”. Fui parar em Congonhas, e tive de embarcar no avião que partiria às 12h55. Às 13h15 a aeronave ainda estava no aeroporto. No consulado, me esperariam até as três da tarde. Isso graças à Tatiana, da Infinity Brazil, agência que faz o recrutamento de pessoas para trabalhar em cruzeiros (Obrigada pelo empenho, Tati!). O avião chegou ao Rio às 14h30. 
Quando liberaram o desembarque, corri, literalmente, até o ponto de taxi. Cheguei ao prédio da Infinity no Rio às 14h50. Precisava pegar uma carta para entregar ao consulado. A agência estava fechada. Fechada! Fui para o consulado sem a carta. Cheguei lá pontualmente às 15h. Na entrada, uma placa advertia: É proibido entrar com o celular. Mal entrei e já tive que sair. Bem ao lado do prédio há uma barraca para guardar objetos. O senhor me cobrou R$ 4 para deixar o meu celular. Tentei entrar pela segunda vez no consulado e mais uma surpresa. Eles encontraram uma pinça em minha mochila e também me avisaram que minha máquina fotográfica, bem escondida na bolsa, não poderia entrar. A contragosto, voltei ao guarda-volumes para deixar minha máquina, a pinça e mais R$ 4. O pessoal do consulado foi muito gentil comigo, e as atendentes bem que tentaram, mas eu não consegui ser atendida naquele dia, por causa da bendita carta. Sem a carta da empresa (que eu pegaria na Infinity, que estava fechada, lembram-se?) eles não me entrevistariam. Eu implorei, quase chorei, expliquei que eu vinha de longe, mas não teve jeito. 
Das 15h30 às 16h30, fiquei do lado de fora do consulado, em pé, aguardando a resposta de uma das atendentes, que estava tentando remarcar a minha entrevista para o dia seguinte. Depois de uma hora de espera, me disseram que sim, que eu poderia voltar no dia seguinte com a carta. Mas a moça me alertou “se você não chegar no horário e não trouxer a carta, vai ficar queimada”. Eu saí de lá transtornada. Muita coisa errada para um dia só. Não era possível, eu não estava acreditando.  Sempre otimista, eu estava esperando por um milagre naquele dia. Algo extraordinário. Uma surpresa agradável. Algo que compensasse aquele dia difícil.  Avisei minha família e fui para o hostel Sun Rio, no Botafogo. É um lugar aconchegante. E a diária em quarto compartilhado custa R$ 35. Fui dormir às 20h, pela primeira vez em anos. E essa foi a melhor parte do dia. O milagre pelo qual eu estava ansiosa.
Tive pesadelos durante a noite. Sonhei umas três vezes que eu tinha perdido o horário. 
No dia seguinte, acordei às 8h. Tomei café da manhã com calma naquela quinta-feira. Algo raro. Cheguei ao consulado às 13h30 e a atendente me chamou pelo nome e foi logo me dando uma senha. Eu estava um pouco nervosa, porque no dia anterior conheci duas pessoas, encaminhadas pela Infinity também, que tiveram o visto pré-negado. Eles teriam de voltar na quinta-feira para saber se conseguiram ou não o ok para entrar nos Estados Unidos. O entrevistador era um americano alto, loiro, de olhos azuis. Usava óculos. O diálogo fluiu naturalmente. Nome, idade, o que vai fazer, por quê? Depois ele disse que eu teria de esperar, porque o sistema havia parado de funcionar. Ele, não sei se o nome era Paul ou John, usava a pulseira do equilíbrio. Perguntei se ele sentia alguma diferença. Ele disse não. “É um presente da minha esposa, então, para manter a paz, eu prefiro usar”, ele confessou. “Bom marido”, eu disse.  “Acho que deve fazer a diferença para quem acredita, mas se você não acredita no efeito da pulseira, ela não deve funcionar mesmo”, eu conclui. Ele disse que eu tinha razão. E aí o sistema voltou a funcionar. “Muito bem, seu visto foi aprovado”. 
Foi um alívio tão grande. Não sei como explicar. Um detalhe: ao longo da entrevista o John ou Paul me perguntou umas três vezes a data em que eu pretendia ir para os Estados Unidos. Não precisei mentir. 
Àquela altura, eu estava tão cansada que não consegui andar muito para aproveitar o dia ensolarado no Rio. Fui para a Biblioteca Nacional e li a maioria das entrevistas do livro Um Rio de Culturas – Vozes da Cidade, publicado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Algumas personalidades, como os jornalistas Roberto Marinho e Ricardo Boechat;  Regina Casé e Chacal, contam como foi a infância naquela cidade.  Os entrevistados reconstroem a cultura do Rio a partir de suas lembranças.  Uma leitura muitíssimo agradável e enriquecedora.  Para Boechat, o carioca de hoje é afetuoso no discurso, mas não é cuidadoso com sua cidade.  Chacal diz que a praia de Copacabana tinha muitas ondas, até que construíram um quebra-mar... "O mar segue maravilhoso, e se hoje Copacabana se tornou um massacre, o mar compensa o concreto da vida”, conclui.  Carlos Moreira de Castro “Cachaça”  relembra o início da história do samba. Segundo ele, a escola de samba era muito odiada, porque era feita de gente muito pobre, de pé no chão, literalmente. “Nem pandeiro havia, era tamanca”. Meu retorno para São Paulo foi tranquilo, e para minha sorte, o visto é válido por cinco anos.
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domingo, 5 de junho de 2011

História e arte no metrô

Neste vídeo, um maquinista fala sobre a história da Estação da Luz e canta a música Fica comigo esta noite, em homenagem a Nelson Gonçalves. O mineiro Geraldo Ferreira é um dos atores do projeto Turismetrô. Durante o passeio turístico por São Paulo, alguns personagens aparecem para contar uma parte da história da cidade.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O diálogo dos pés

Na última quarta-feira (01.06) o Aeroporto de Guarulhos estava fechado pela manhã. Neblina. Meu voo para o Rio foi cancelado e eu tive de esperar seis horas para embarcar. O tempo foi suficiente para ler, falar com uma amiga pelo telefone, fazer compras e gravar este vídeo. Fui tirar o visto americano. Não cheguei a tempo. Não naquela quarta-feira caótica.