Texto publicado no blog Mural, da Folha.com, no dia 19.05.11
Rafael Pio Soares, 30, começou a estudar música em 1990 e há 14 anos toca nas ruas. Hoje, ele se apresenta aos fins de semana em frente ao Shopping Center 3, próximo à estação Consolacão do metrô, em São Paulo.
Nascido no bairro da Vila Madalena, na zona oeste da capital, o guitarrista decidiu tocar na rua para expressar a sua arte. “Assim como a arte uma vez me emocionou e mudou minha vida, quero compartilhar isso com as pessoas. Espalhar o amor”, diz Rafael. O artista trabalhou no Circo Escola Picadeiro, e a proposta de seu trabalho é misturar música à performance de clown. Em seu repertório não faltam músicas de circo, trilhas de desenhos animados e clássicos dos anos 70 e 80.
Foto: Cláudio Pepper |
Segundo Rafael, a arte feita na rua socializa as pessoas. “Acho que alguns viraram até namorados”, conta o músico.
Os artistas de rua, porém, tentam negociar com a prefeitura de São Paulo a regulamentação dessa atividade. No final de 2010, o prefeito Gilberto Kassab estabeleceu a Operação Delegada, para acabar com o comércio irregular nas ruas. Os artistas de rua são acusados de fazer arrecadação de dinheiro sem pagar imposto.
“Acho que deveria ter muito mais [artistas na rua]. Eles animam e deixam o nosso dia melhor,”, diz a estudante de moda Thaís Vaz, que parou pra ouvir o músico.
O fotógrafo Cláudio Pepper conhece o Rafael há dois anos. Para ele, os artistas devem ser livres. “Quem gosta para e dá uma contribuição. São as surpresas da cidade.”
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